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22 agosto, 2006

O QUE É A REDE GRUMIN DE MULHERES

O QUE É A REDE GRUMIN DE MULHERES?

I-Histórico:

O GRUMIN surgiu filosoficamente em 1979, tomou corpo físico a partir de 1982 e formalizou-se juridicamente em 1987.
A organização surgiu pelo fato de sua fundadora ter testemunhado desde cedo, a saga de sua avó e família indígenas em busca da sobrevivência física, moral e étnica, após terem passado por um processo de violência que levou a referida família à imigração compulsória para ter sua vida garantida.
Sua fundadora, antes de 1979, peregrinou então para diversas terras indígenas no Brasil e percebeu a mesma história contada por sua avó, além de outros problemas identificados.
Surge então o GRUMIN na década de 80 por um pequeno grupo de mulheres e no I Encontro Potiguara de Luta e Resistência, solicitado pelo cacique da época, João Batista Faustino, o Grupo é ampliado com mulheres dessa e outras etnias.
O GRUMIN foi contemplado em 1996 pela Comunidade BAHÁ’í, com o “Prêmio Cidadania Mundial”, pelos trabalhos desenvolvidos em prol das mulheres indígenas do país, sendo sua fundadora indicada em 2005 ao Projeto Internacional “Mil mulheres ao Prêmio Nobel da Paz”.
II-Hoje:

A REDE GRUMIN DE MULHERES é uma rede formada por mulheres indígenas aldeadas e das cidades, por mulheres de origem étnica discriminadas social, sexual e racialmente, como indígena de miscigenação afrodescendente, ou vice-versa, entre outras.
A REDE objetiva:
1- Incentivar, mobilizar e organizar o segmento acima descrito, na defesa de sua integridade física, psicológica e ética- moral.
2- Capacitar e emponderar o público alvo referido na área de Educação, Saúde, Trabalho, Moradia, Questão Territorial, Cultural, Geração de renda, Gestão de Organização, Organização Estratégica, Direitos Reprodutivos e na área da Tecnologia da Informação.
3-Criar a Casa Rede Grumin de Mulheres, no Rio de Janeiro, centro formador de pessoal e Casa da Alimentação.
4-Elaborar jornais, boletins, livros, cartilhas conscientizadoras, material de divulgação para doação ou vendas.
5-Formar quadros profissionais que possam agenciar e multiplicar a própria existência da Rede Grumin de Mulheres.
6-Criar, fortalecer políticas públicas para a inclusão dessas mulheres transversalmente e interseccionalmente discriminadas e específicas no mercado de trabalho e nas escolas e universidades.
7-Criar projetos auto-sustentáveis para a permanência da Rede Grumin de Mulheres, como venda de livros, encontros literários, artesanatos, comidas típicas regionais, promoção de Shows, eventos culturais com nossos dois parceiros comerciais Moína Produções Artísticas e Eventos, e Cidadania Sem Fronteiras, sob o guarda-chuva GRUMIN (GRUPO DE GESTORES EM MISSÃO NACIONAL).
III-Com quem queremos dividir e somar nossa luta:

Mulheres indígenas, caboclas e descendentes urbanas e aldeadas, afrodescendentes, mulheres escritoras e jornalistas racial e sexualmente discriminadas, mulheres pajés não reconhecidas, xamãs e parteiras discriminadas, mulheres indígenas urbanas viúvas ou esposas de presidiários, mulheres afro ou indígenas urbanas infratoras, empregadas domésticas, operárias e prostitutas de origem afros e indígenas, caboclos e descendentes, mulheres étnicas de toda as categorias, mulheres étnicas de opções sexuais diversas que sofrem discriminações sociais, raciais e de gênero por deslocamento interno ou nacional, por conflitos ou guerras, inclusive deslocando-se para fora do Brasil, entre outras.
IV-Equipe de Coordenação:

1- Wilma Maria dos Santos
2- Zenilda Sateré Mawé
3- Rosy Kariri
4- Maria de Fátima Potiguara
5- Daline Lima
6- Maria Aparecida Potiguara
7- Lúcia Guarany
8- Eliane Potiguara

9-Silvia Nobre Wajãpi

Coordenação Geral: Eliane Potiguara

V- Parceiros:

ASHOKA (Empreendedorismo social)
CEDIM – Conselho Estadual dos Direitos da Mulher
CEDOICOM (Centro de Documentação e Informação COISA DE MULHER)
Centro de Estudos Xamânicos
Cidadania Sem Fronteiras (parceiro cultural)
Comitê Intertribal de Ciência e Tecnologia
FUNAI/Paraíba
FUNAI/Rio de Janeiro
FUNASA( Fundação Nacional de Saúde)
GRUMIN/Rede de Comunicação Indígena (apoio Navajo Nation/Usa)
INBRAPI (Instituto Indígena Brasileiro para a Propriedade Intelectual)
Moína Artísticas e Eventos (parceiro cultural)
OPÇÃO BRASIL
REDEH _ Rede de Desenvolvimento Humano
Rede Feminista de Saúde
Rede Povos da Floresta
UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) (PRÓ-ÍNDIO)


VII-Apoios recentes

ASFEM (Associação dos Funcionários Estaduais e Municipais/rj)
Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Comunidade BAHÁ`Í do Rio de Janeiro

João Fortes
Luiz Carlos da Silva
Vereador Brizola Neto(PDT)/RJ

VI- Articulações nacionais e internacionais

a) A REDE GRUMIN DE MULHERES esteve envolvida nos trabalhos locais na área indígena Potiguara, desde 1979/1996 tendo uma coordenação comunitária, e nacionalmente envolvendo outras etnias dos Estados brasileiros. Desenvolveu dezenas de projetos de Educação, Saúde e Trabalho objetivando geração de renda, realizando capacitações, conferências, participações em campanhas pelos direitos indígenas, enfocando a visibilidade da mulher indígena tanto na esfera nacional, quanto internacional. De 1996 a 2006 a Rede se ocupou a registrar em livros, sites, blogs, listas de discussão na Internet o fortalecimento de uma LITERATURA de cunho Indígena e de uma Rede de Comunicação Indígena.

2- A REDE GRUMIN DE MULHERES esteve envolvida como organização DELEGADA na articulação nacional e internacional da Conferência de Durban, África do Sul (2001), e na pré-Conferência Regional das Américas (2000-Santiago/Chile), e delegada das Conferências municipais, estaduais e nacional organizada pelo SEPPIR (2005), culminando com a nossa participação na Conferência das Américas sobre Racismo em agosto/2006/Brasília.

3- A REDE GRUMIN DE MULHERES, esteve envolvida como organização DELEGADA, nas articulações do movimento feminista brasileiro para as Conferências locais, estaduais, nacionais e internacionais que desembocaram nos eventos das Nações Unidas para a Promoção da Mulher, como a Conferência sobre População em Cairo (1994), como a Conferência Del Mar Del Plata, como a Conferência de Beijing (1995) e outros desdobramentos.
A REDE GRUMIN DE MULHERES esteve como observadora da Reunião “DIÁLOGOS” organizada pela a Unifem para Mulheres em Brasília/agosto 2006.

4- A REDE GRUMIN DE MULHERES esteve envolvida como organização DELEGADA nas articulações do Grupo de Trabalho sobre Povos Indígenas das Nações Unidas na elaboração da Declaração Universal dos Direitos Indígenas, desde 1990 até 1996, e 2001, tendo sido delegada pelo IITC (International Indian Treaty Council), por ter exposto para 1500 indígenas no Congresso dos índios Norte-Americanos/New México (1989), a situação de violência que os povos indígenas brasileiros estavam vivendo. Tudo isso culminou com o envio de uma moção ao governo brasileiro pelo referido Congresso. A Rede participou ainda, de centenas de articulações nacionais e internacionais na defesa dos povos indígenas, culminando com sua premiação pela Comunidade BAHÁI, que trabalha a PAZ MUNDIAL, com o título Cidadania Internacional ““.

VII-Contato:

http://redegrumindemulhereres.blogspot.com/
http://www.elianepotiguara.org.br/organizacao.html

E-mail:
grumin@elianepotiguara.org.br